Possuo pouquíssima habilidade em criar poesia, penso até que nunca fiz alguma. Não sei manifestar ritmo nas palavras, muito menos rimá-las em compasso às estrofes. Mas meu mais que amigo de trabalho, Gustavo (vulgo “Sebastian”) - eu tinha que fazer uma piada, obviamente - criou uma linda e bem bolada poesia em homenagem a nossa cidadezinha-inha-inha. Vocês irão entender o porquê do diminutivo.
Santarém Terra Esquecida
Santarém terra esquecida,
Abandonada, isolada, desprezada.
Como aqui viver?
Responde-me, terra amada!
Grita! Grita! Quero ouvir!
De tanta dor correm as lágrimas
Do povo desacreditado.
Tanto desprezo, ó Santarém.
Têm por ti gente de nada.
Ai, que ódio sente o coração.
De quem, de quem sofre,
De quem quer dignidade.
Nem andar não posso mais
Os buracos me engoliram.
Grito eu, socorro! Espera!
Não dá mais, quero viver!
Viver! Viver! Viver!
Clama por vida, Santarém!
Terra do meu coração.
Sebastião Gustavo Siqueira de Andrade.
Ps. Vcs precisam ver ele declamando poesia, fora de moda, mas admirável.